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O SER E O EU 2

        

 

Nesta percepção de si próprio imenso e complexo, multifacetado, que surge em momentos variados e muitas vezes insuspeitados, é que reside o poder pessoal e requer que estejamos alerta ao seu surgimento.

Tudo pode e necessita ser realizado de uma maneira sensível, calma e gradual, pois a ansiedade se torna grande e transforma-se rapidamente em culpa e medo... O processo de busca de si mesmo é lento e justamente temos que fazê-lo sem medos nem culpas para que o efeito seja libertador e para que não caiamos na cilada da autocondenação baseados justamente nestes pressupostos sociais condicionados dos quais estamos querendo nos livrar...

É claro que nunca poderemos nos desligar totalmente, pois estamos completamente imersos na cultura e na sociedade, mas podemos escolher com mais autenticidade aquilo que queremos.

O Dr. Gaiarsa recomendava que sempre antes de tomar alguma decisão mais relevante em nossas vidas, parássemos uns minutos para refletir “quem” estava tomando tal decisão: EU MESMO ou a mãe, o pai, o vigário, enfim, os “deves” e os “tem que” frutos da “domesticação” que vamos sofrendo na vida!

Eu sempre fui muito ansiosa continuo a sê-lo, porém aos poucos tenho conseguido minimizar e até parar este processo dentro de mim:

Respirar, relaxar, perceber, retomar...

Respirar: Fazer a respiração diafragmática básica (Ver Ensina-me a Viver > Respiração e Angústia), inspirando profundamente e soltando o ar o mais lentamente possível.

Relaxar: Iniciar o relax do corpo começando por onde haja maior tensão, que para  mim, na maioria das vezes é nos ombros e nuca. Conforme a gente prossegue no caminho da propriocepção, vamos percebendo as tensões mais facilmente e aprendendo a tratá-las, com carinho e respeito.

Perceber: O que é que estou sentindo? Onde se localiza? Deixar sair e clarear, respirando e relaxando... Conversando consigo mesmo e encorajando a aceitação e a conscientização daquilo que nos vai por dentro...

Retomar: A partir do que surgir nos sentimentos e na consciência requalificar de acordo com nossa vontade intima. Ao perceber esta nossa dimensão tão profunda, tomamos uma perspectiva muito mais abrangente de nós mesmos e da própria vida onde estas questões culturais e sociais ficam muito insignificantes... Mínimas...  Amar a si próprio acima de tudo é a melhor coisa que podemos fazer a nós mesmos. Não podemos confundir individualidade com individualismo. É muito diferente. Ninguém dá o que não tem e para alcançarmos inclusive nosso próprio Eu Profundo é preciso nos aceitar incondicionalmente, o bom e o não bom, (avaliado a partir de uma escolha muito própria) aceitando nossas limitações e com o firme propósito de nos expandirmos, aceitando o que passou e recomeçando a partir daquilo que neste momento julgamos conveniente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



28/01/2013
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