virandolua

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ENSINA-ME A VIVER

Ensina-me a Viver

Estava conversando com minha prima e grande amiga Taís, como sempre, sobre emoções e sentimentos. Como estávamos há muito tempo sem trocar idéias, tínhamos muitas coisas para por em dia e, aos poucos, começamos a falar em “medos”.

Ela me perguntou se quando navegamos, vamos enxergando a costa e a qual distância ficamos dela.  

A partir de minha resposta, de que na maioria das vezes não vemos terra, e ao notar a sua expressão, reiterei que mesmo se a “víssemos” isto em nada mudaria a questão de “nadar até a praia”, que é impossível... Coloquei que mais afastado é mais seguro, pois é mais profundo, tem menos pesqueiros, menos acidentes geográficos, navios....

Aí começou a questão do medo. Não tenho medo de estar no mar, pelo contrário me sinto em casa, adoro sentir o vento e o balanço das ondas, de me sentir unida estreitamente com a Grande Mãe, como assim eu sinto o mar! Não que já não tenha passado por dificuldades e por mau tempo, mas como todas as coisas, boas ou más, sempre passam...

É claro que já sei que os barcos agüentam muito melhor os temporais que as pessoas. Se conseguirmos manter a calma e confiar no equipamento, sempre dá tudo certo.

E se não der... Para morrer basta estar vivo, não é?

Colocamos um “vinil” do Cat Stevens, o “Foreigner” um dos meus preferidos. Começamos a comentar as suas letras e a maravilhosa qualidade do seu som!! Como alguém que escreveu tais canções, com tal qualidade de consciência e sabedoria pode ter se tornado muçulmano? Filosofia esta, que é para mim é tão rígida e coercitiva: como encaixar toda a sua sabedoria anterior nisso?

Observei a ela que ouvindo o cd “Another Cup of Tea”,  prestando atenção às letras e à seqüência das canções, percebi no Cat, um grande medo, do tipo profundo e avassalador, da morte.

O medo da morte.

Numa delas ele adverte:

Você não pode barganhar com a verdade(!!!!). Pois um dia você vai morrer. E os bons vão para cima e os maus vão para baixo – no final...  (You can’t bargain with the truth. ‘Cause one day you gonna die. And the good’s  going high, and the evil’s going down – in the end...)

Logo após esta música ele coloca esta:

Mas eu sou apenas uma criatura com boas intenções. Oh, Deus não me deixe ser mal interpretado...( ‘Cause I’m just a soul whose intentions are good. Oh, Lord, please don’t let me be misunderstood...)

Caramba, essa coisa da morte pega de jeito... Estava conversando com minha prima e grande amiga Taís, como sempre, sobre emoções e sentimentos. Como estávamos há muito tempo sem trocar idéias, tínhamos muitas coisas para por em dia e, aos poucos, começamos a falar em “medos”.

Ela me perguntou se quando navegamos, vamos enxergando a costa e a qual distância ficamos dela. 

A partir de minha resposta, de que na maioria das vezes não vemos terra, e ao notar a sua expressão, reiterei que mesmo se a “víssemos” isto em nada mudaria a questão de “nadar até a praia”, que é impossível... Coloquei que mais afastado é mais seguro, pois é mais profundo, tem menos pesqueiros, menos acidentes geográficos, navios....

Aí começou a questão do medo. Não tenho medo de estar no mar, pelo contrário me sinto em casa, adoro sentir o vento e o balanço das ondas, de me sentir unida estreitamente com a Grande Mãe, como assim eu sinto o mar! Não que já não tenha passado por dificuldades e por mau tempo, mas como todas as coisas, boas ou más, sempre passam...

É claro que já sei que os barcos agüentam muito melhor os temporais que as pessoas. Se conseguirmos manter a calma e confiar no equipamento, sempre dá tudo certo.

E se não der... Para morrer basta estar vivo, não é?

Colocamos um “vinil” do Cat Stevens, o “Foreigner” um dos meus preferidos. Começamos a comentar as suas letras e a maravilhosa qualidade do seu som!! Como alguém que escreveu tais canções, com tal qualidade de consciência e sabedoria pode ter se tornado muçulmano? Filosofia esta, que é para mim é tão rígida e coercitiva: como encaixar toda a sua sabedoria anterior nisso?

Observei a ela que ouvindo o cd “Another Cup of Tea”,  prestando atenção às letras e à seqüência das canções, percebi no Cat, um grande medo, do tipo profundo e avassalador, da morte.

O medo da morte.

Numa delas ele adverte:

Você não pode barganhar com a verdade(!!!!). Pois um dia você vai morrer. E os bons vão para cima e os maus vão para baixo – no final...  (You can’t bargain with the truth. ‘Cause one day you gonna die. And the good’s  going high, and the evil’s going down – in the end...)

Logo após esta música ele coloca esta:

Mas eu sou apenas uma criatura com boas intenções. Oh, Deus não me deixe ser mal interpretado...( ‘Cause I’m just a soul whose intentions are good. Oh, Lord, please don’t let me be misunderstood...)

Caramba, essa coisa da morte pega de jeito...

Quando começamos , eu e meu amor a executar os “finalmentes” do nosso desligamento das coisas de terra para começar a viver a bordo, tivemos um contato muito especial com estas questões da morte e do morrer, sim, por que, antes da morte vem todo o processo do morrer, que é a grande armadilha que paralisa e aprisiona! O medo da insegurança de viver a partir das suas próprias decisões e escolhas, Enfrentar o mar e o desconhecido com alma e coragem... Não existe um caminho certo e seguro, não existe a “verdade” citada pelo Cat ali em cima...  A (verdade) segurança É a morte, só há vida no desconhecido e na eterna mudança das coisas e situações...

Ambos lemos o livro do Osho: Coragem, o Prazer de Viver Perigosamente.  Nele confrontamos muitas coisas que estávamos sentindo e através da reflexão que ele proporciona, fomos discutindo e revendo vários sentimentos e medos que tínhamos. Foi muito legal!

Não existe a verdade, não existe um caminho, não existe uma fórmula. É como dizia o mestre Gaiarsa: não tem ensaio, é estréia diariamente! O rio que passa hoje, não é o que passou ontem, nem o que vai passar amanhã!

Assumir as rédeas da própria vida tem um gosto insuperável e insubstituível... Ah também é intransferível, só podemos sentir por nós mesmos...

Eu tenho meus sentimentos e saberes interiores, eu sei que a morte é somente uma curva na estrada, uma estrada que nunca começou e que nunca vai terminar...

Assim dito magistralmente por Fernando Pessoa:

 

A morte é a curva na estrada,

Morrer é só não ser visto.

Se escuto, eu te oiço a passada,

Existir como eu existo

 

A terra é feita de céu.

A mentira não tem ninho.

Nunca ninguém se perdeu.

Tudo é verdade e caminho.

 

É totalmente Taoísta!!!

Independente do que se sente ou se crê, ou de não sentir e nem crer em coisa alguma, viver a vida é tudo o que temos em mãos e é aonde podemos “fazer andar a nossa palavra” então:

Don't be shy just let your feelings roll on by

Don't wear fear or nobody will know you're there

Just lift your head, and let your feelings out instead

And don't be shy, just let your feeling roll on by

On by...

 

Quando começamos , eu e meu amor a executar os “finalmentes” do nosso desligamento das coisas de terra para começar a viver a bordo, tivemos um contato muito especial com estas questões da morte e do morrer, sim, por que, antes da morte vem todo o processo do morrer, que é a grande armadilha que paralisa e aprisiona! O medo da insegurança de viver a partir das suas próprias decisões e escolhas, Enfrentar o mar e o desconhecido com alma e coragem... Não existe um caminho certo e seguro, não existe a “verdade” citada pelo Cat ali em cima...  A (verdade) segurança É a morte, só há vida no desconhecido e na eterna mudança das coisas e situações...

Ambos lemos o livro do Osho: Coragem, o Prazer de Viver Perigosamente.  Nele confrontamos muitas coisas que estávamos sentindo e através da reflexão que ele proporciona, fomos discutindo e revendo vários sentimentos e medos que tínhamos. Foi muito legal!

Não existe a verdade, não existe um caminho, não existe uma fórmula. É como dizia o mestre Gaiarsa: não tem ensaio, é estréia diariamente! O rio que passa hoje, não é o que passou ontem, nem o que vai passar amanhã!

Assumir as rédeas da própria vida tem um gosto insuperável e insubstituível... Ah também é intransferível, só podemos sentir por nós mesmos...

Eu tenho meus sentimentos e saberes interiores, eu sei que a morte é somente uma curva na estrada, uma estrada que nunca começou e que nunca vai terminar...

Assim dito magistralmente por Fernando Pessoa:

 

A morte é a curva na estrada,

Morrer é só não ser visto.

Se escuto, eu te oiço a passada,

Existir como eu existo

 

A terra é feita de céu.

A mentira não tem ninho.

Nunca ninguém se perdeu.

Tudo é verdade e caminho.

 

É totalmente Taoísta!!!

Independente do que se sente ou se crê, ou de não sentir e nem crer em coisa alguma, viver a vida é tudo o que temos em mãos e é aonde podemos “fazer andar a nossa palavra” então:

Don't be shy just let your feelings roll on by

Don't wear fear or nobody will know you're there

Just lift your head, and let your feelings out instead

And don't be shy, just let your feeling roll on by

On by...



10/03/2011
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